Análise da produção de celulases por fungos utilizando bagaço de cana como substrato
Nome: GABRIELLA SOARES BORGES SALOMÃO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 16/03/2017
Orientador:
Nome | Papel |
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LAURA MARINA PINOTTI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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IARA REBOUÇAS PINHEIRO | Examinador Externo |
RODRIGO RANDOW DE FREITAS | Coorientador |
TAISA SHIMOSAKAI DE LIRA | Examinador Interno |
Resumo: As celulases são enzimas capazes de hidrolisar a celulose, biopolímero mais
abundante na natureza. A indústria alcooleira tem dado, atualmente, atenção especial às celulases para o processo produtivo do etanol de segunda geração.
Existem diversos microrganismos produtores de celulases na natureza, destacandose
os fungos filamentosos. Para que ocorra a produção dessas enzimas é necessário material celulósico no meio fermentativo. Esse indutor pode ser proveniente de meios complexos, como os resíduos agroindustriais, ou meios
quimicamente definidos. Quando se utiliza resíduos é interessante que esse material
passe por um processo de pré-tratamento com o objetivo de eliminar outros
componentes que dificultam o ataque microbiano a celulose, principal fonte de carbono dos microrganismos para produção de celulases. O bagaço de cana-deaçúcar é um resíduo da indústria sucroalcooleira que vem sendo amplamente estudado como substrato para produção de celulases. Sendo assim, o presente
trabalho teve como objetivo estudar as melhores condições operacionais (temperatura, concentração de bagaço de cana e teor de umidade) para produção de celulases a partir dos fungos Penicillium sp., Rhizomucor sp. e Trichoderma koningii INCQS 40331 (CFAM 422) utilizando bagaço de cana in natura e pré-tratado
com solução ácido-base via fermentação no estado sólido e submersa. Para isso foi
utilizado um planejamento experimental do tipo fatorial (3²) com mais dois pontos centrais, totalizando 11 experimentos para cada dupla microrganismo/substrato. O
fungo Trichoderma koningii mostrou-se melhor produtor de celulases e quanto ao substrato, o bagaço in natura levou a melhores resultados. A fermentação no estado sólido apresentou melhor resultado (8,199 UI/gs) a 28ºC e 50% de umidade (base úmida). Com relação à fermentação submersa a melhor produção enzimática
(3130,43 UI/L) foi observada também a 28ºC e 2,7% (m/v) de concentração de substrato.